Reino Unido ignora Putin e diz que vai fornecer mísseis à Ucrânia

O Ministério britânico da Defesa anunciou que vai fornecer mísseis de longo alcance à Ucrânia. A decisão ignora as ameaças do presidente russo Vladimir Putin e veio logo depois que Moscou ameaçou Kiev com mais ataques caso o Ocidente siga a fornecer armas aos ucranianos.

A decisão foi tomada em "estreita coordenação? com os Estados Unidos, que anunciaram na última semana o fornecimento de foguetes e helicópteros para Kiev.

Leia também: Ucrânia: "não é hora de novas negociações com a Rússia?

Os foguetes que o Reino Unido irá fornecer tem sistemas M270 MLRS que tem alcance de 80 km e, de acordo com o governo britânico "irão aumentar significativamente a capacidade das forças ucranianas?.

A Ucrânia já havia solicitado os lançadores de foguetes para atacar as tropas russas, no entanto o presidente norte-americano, Joe Biden, havia descartado a possibilidade. A justificativa foi de que a medida buscava evitar que os Estados Unidos fossem vistos como co-beligerantes.

O secretário de Defesa britânico, Ben Wallace, reforçou de que se a comunidade internacional mantiver o apoio à Ucrânia, a Rússia poderá ser derrotada.

"A estratégia da Rússia está mudando, e nosso apoio também deve mudar?, disse Ben Wallace.

Para o britânico, as armas são vitais para a defesa ucraniana e vão permitir "uma melhor proteção contra o uso brutal da artilharia de longo alcance, à qual as forças de Putin recorreram indiscriminadamente para arrasar cidades?.

"Esses sistemas de lançamento múltiplo de foguetes, altamente capazes, permitirão que os nossos amigos ucranianos se protejam melhor contra o uso brutal de artilharia de longo alcance que as forças de Putin usaram indiscriminadamente para devastar cidades?, explicou Wallace.

Juntos o Reino Unido e os Estados Unidos têm fornecido à Ucrânia desde 24 de fevereiro deste ano.

O governo britânico não especificou quantos sistemas M270 de lançamento de mísseis serão enviados, mas de acordo com a BBC inicialmente serão três.

Os militares ucranianos serão treinados nas próximas semanas para a utilização dos novos sistemas.